Friday, November 20, 2009

“Por Toda a Minha Vida” prova mais uma vez que é possível ter qualidade na televisão

Mais uma vez, a equipe do “Por Toda a Minha Vida” acertou na mão e levou ao telespectador um excelente programa. A edição desta quinta-feira contou a história de Cazuza, o compositor que melhor retratou as mudanças de comportamento e os sentimentos dos anos 80. Na tela apareceu um jovem polêmico, irreverente, provocador e inconseqüente através de ótimos depoimentos de familiares e amigos, imagens de arquivo da Globo (inclusive do “Fantástico” com César Filho), trechos de shows e áudios registrados pelo próprio roqueiro.

O “Por Toda a Minha Vida” é o melhor exemplo de que informação e entretenimento podem caminhar no mesmo sentido e a união de documentário com dramatização resulta num produto final moderno, com ritmo e, principalmente, com qualidade. Nesta quinta-feira me surpreendeu a franqueza no depoimento de Ney Matogrosso, que falou sobre o namoro com Cazuza e o início do relacionamento marcado simplesmente pela atração sexual, um assunto que sempre foi evitado nos meios de comunicação e que não apareceu no filme “Cazuza”. Mas o grande destaque desta edição foi a entrevista com João Araújo, pai de Cazuza, que, em vários momentos, não escondeu a dor e a emoção em falar sobre o filho. Um depoimento equilibrado, mas emocionante. Pedro Bial, Bebel Gilberto, Frejat, Lucinha Araújo e Sandra de Sá também contribuíram no resgate desta história que divide opiniões.

É por essas que muitos defendem longas temporadas para “Por Toda a Minha Vida”.

Por: José Armando Vannucci

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